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Histórico

A criação da 10ª RM

  • Publicado: Terça, 10 de Janeiro de 2017, 14h14

No final de 1939, desencadeou-se a 2ª Guerra Mundial; em consequência, o Exército Brasileiro passou a acompanhar de perto o desenrolar do conflito. A situação do Continente Americano foi minuciosamente revista pelo Estado-Maior do Exército que realizou reconhecimentos terrestres, aéreos e navais nos estados do nordeste em 1941, visando verificar as condições de sua defesa contra ataques de forças aéreas e navais oriundas de outros continentes.

Após o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com os países do Eixo, no alvorecer de 1942, criou-se a Zona de Guerra no território brasileiro, com cinco Teatros de Operações, destacando-se o TO do Nordeste por sua posição estratégica em relação às rotas marítimas do Atlântico. O EME realizou uma reestruturação das Organizações Militares para atender ao esforço de guerra.

Criação da 3ª Brigada de Infantaria

Assim, em 02 de abril de 1942, pelo Decreto-Lei Nr 4.224, foi criada a 3ª Brigada de Infantaria, com sede em Fortaleza e subordinada à 7ª RM, em Recife - PE. Sua estrutura organizacional era composta de um quartel-general, 23º BC, 24º BC, 25º BC e 29º BC.

Em 1942, a 13 de maio, foi concedida autonomia administrativa ao QG da 3ª Brigada de Infantaria, que se instalou provisoriamente no 29º BC em 29 de maio, ocupando o aquartelamento definitivo em 07 de julho, na Rua Pedro Pereira, 461 (esquina com Major Facundo).

Foram comandantes da 3ª Brigada de da Infantaria: o Cel Penedo Pedra, o Tenente Coronel Ernesto Pereira Rodrigues, o Cel Luis Batista e o Cel João Felipe Bandeira de Melo.

Criação da 10ª Região Militar

Em 17 de setembro de 1942, consideradas as circunstâncias dos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão possuírem características fisiográficas similares, a dificuldade de articulação com a 7ª RM e razões de ordem estratégica para a Defesa Territorial, foi extinta a 3ª Brigada de Infantaria (Decreto-Lei Nr 4.704) e criada a 10ª Região Militar (Decreto-Lei Nr 4.706), com sede em Fortaleza, para centralizar e coordenar as Organizações Militares sediadas naqueles Estados. No dia 25 de janeiro de 1943, realizou-se a instalação solene do Comando da 10ª Região Militar, no Quartel da extinta 3ª Brigada de Infantaria, com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais. Assumiu interinamente o Comando da 10ª RM, o Cel João Felipe Bandeira de Melo (último Comandante 3ª Brigada de Infantaria e nomeado Comandante 24º BC) em virtude do General Francisco Gil Castelo Branco (1º Comandante 10ª RM) se encontrar no arquipélago de Fernando de Noronha aguardando a chegada de seu substituto no Comando do Destacamento Misto que guarnecia o referido arquipélago.

Em 03 de março de 1943, o General Francisco Gil Castelo Branco assumia o Comando da 10ª RM, que tinha como Organizações Militares subordinadas sediadas em Fortaleza, o 23º BC, o 29º BC, o 2° Grupo do 5° Regimento de Artilharia de Divisão de Cavalaria (II/5º RADC), a 25ª Circunscrição de Recrutamento, o HMF e a Escola Preparatória de Fortaleza (EPF). Em Teresina, estavam o 25º Batalhão de Caçadores e a 26ª Circunscrição de Recrutamento; e, em São Luís, o 24º Batalhão de de Caçadores e a 27ª Circunscrição de Recrutamento.

Em 17 de outubro de 1996, o Príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança visitou Fortaleza, percorrendo na Guarnição o Comando da 10ª Região Militar e Organizações Militares.

Praça Nossa Senhora da Assunção

Em 13 de abril de 1998, foi realizada a inauguração da Praça Nossa Senhora da Assunção pelo General de Divisão Plínio Abreu Coelho, Comandante da 10ª Região Milita, localizada no bastião nordeste da Fortaleza, que também leva seu nome. O evento teve início com uma missa celebrada por Dom Claudio Hummes, Arcebispo de Fortaleza. Na oportunidade, foi dada a bênção à imagem de N. S. da Assunção, Padroeira de Fortaleza, que seguiu em procissão até a Praça, seu local de destino. Finalizando o evento, houve o descerramento da placa de inauguração.

Em 15 de julho de 2008, a Fortaleza passou a ser considerada, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) um monumento nacional, inscrito nos três Livros de Tombo: Arqueológico, Etnológico e Paisagístico; Histórico e das Belas Artes.

A partir de 2013 o Estado do Maranhão deixou de pertencer à área de jurisdição da 10ª Região Militar e do Comando Militar do Nordeste, passando a integrar o Comando Militar do Norte.

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